domingo, 13 de junho de 2010

40 anos de um certo Hotel

Concordo plenamente com a matéria abaixo, The Doors não é novidade pra ninguém que me conhece, é a minha banda favorita. Já li praticamente tudo sobre a banda e o lisérgico Poeta Jim Morrison. O disco Morrison Hotel, realmente é um dos melhores da banda, RocknrollBluesélico!!! de raiz. Além da mais popular Roadhouse Blues, as minhas preferidas são Peace Frog e Queen of the Highway (essa tem um versão bem Jazz que foi lançado em um Box set em 1997, o qual na época do colégio tive que economizar a graninha da merenda para comprar, kkk).



Morrison Hotel_Foto Henry Diltz_Divulgação Warner

Nunca vou esquecer o dia em que conheci a música dos Doors. 12 de março de 1986. Aí alguém pode me perguntar: passado tanto tempo, como você lembra do dia exato? Barbada! Esse é o dia em que um de meus grandes amigos faz aniversário, e nessa data, 24 anos atrás, estava na festa de aniversário do cara. Durante a celebração, um outro velho camarada apareceu por lá com certo LP debaixo do braço, e tão logo o nosso DJ chegou ao apê do aniversariante, o garoto assumiu o BS 25 Garrard e colocou o prato a girar. Foi aí que a festança pegou fogo!


**Esse disco era Morrison Hotel, 5° marca na coronha do revólver dos Doors. O nome do disco foi inspirado num hotel localizado no centro de Los Angeles, onde os quartos custavam a pequena bagatela de U$ 2,50 por noite. Durante as sessões, Jim sempre adentrava o estúdio com uma garrafa de uísque em punho, e como estava invariavelmente turbinado, o cantor gravava apenas uma música por noite (eram muitos takes até o produtor Bruce Botnick concluir que tinha tirado o melhor de Jimbo). A voz catarrenta que ouvimos no disco, tem cheiro de bebida. Apesar disso, Morrison Hotel reestabeleceu os Doors como um dos grupos favoritos dos críticos, ganhando resenhas favoráveis nas principais revistas e jornais dois Estados Unidos e Inglaterra. Outro lance que confere mais peso ao disco, foi a contratação de um baixista (Ray Neopolitan, músico da banda de John Sebastian). O impacto de ouvir no volume máximo faixas como Roadhouse Blues, ainda hoje, faz um bocado de gente bater o pezinho com satisfação.



Foto: Henry Diltz. Divulgação Warner


*Esse trabalho surgiu na época como uma volta ao som verdadeiro da banda, só que com uma pitada mais rock and blues e menos psicodélica. Passado os anos, hoje percebo que Morrison Hotel envelheceu como um bom vinho. Apesar de Já ter ouvido muitos veteranos se referirem ao álbum como um subproduto do quarteto californiano. Pura besteira. O disco começa num baita astral, metendo o pé na porta com a já citada Roadhouse Blues, um blues assanhado com uma letra que falava da casa de campo recém comprada pelo vocalista, em Topanga. A canção tinha a participação do bluesman Lonnie Mack, no baixo, e do gaitista G. Plugese (quem é esse cara).



Foto: Henry Diltz. Divulgação Warner


Além disso, Roadhouse Blues foi o som que colocou o grupo na 4° posição das paradas americanas, lugar onde o Doors não aparecia há um bom tempo. Depois do botinaço, nada como devorar ½ dúzia de bergamotas embalado pela psicodelia de Waiting For The Sun (Sim, eu já fiz isso, com o som no talo vazando pelos corredores!). Ouça também You Make Me Real e Peace Frog (baseada num poema antigo de Morrison), e não esqueça de aumentar o volume quando você chegar à última do Lado A do bolachão. Blue Sunday é uma espécie de canção de amor hippie que nos apresenta Jim como um Frank Sinatra da geração flower power.*


Foto: Henry Diltz. Divulgação Warner


No lado B, tem ainda temas como Ship of Fools, Queen of the Highway (dedicada a Pamela Courson, namorada de Jim), Land Ho, o blues The Spy, Maggie McGill e a minha preferida - Indian Summer.*Morrison Hotel é um disco que mostra um caminho que poderia ter sustentado a banda dali pra frente, claro que, isso se o intempestivo líder dos Doors não fosse Jim Morrion. Ele gostava de colocar as coisas a perder, e por isso ele era Jim Morrisom. Um poeta disfarçado de cantor de rock. Ah!! em 2007 foi lançada uma edição especial remixada do disco repleta de takes alternativos e duas faixas inéditas.*Buenas, pra curtir na boa só poderia ser ela: Roadhouse Blues ao vivo + um mach up de imagens do Doors.

Postado por Márcio Grings,

http://wp.clicrbs.com.br/grings/?topo=77,1,1,,,77

Muito bom o Blog desse cara,






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